segunda-feira, 2 de maio de 2011

Junior

Cavalo Alado

            Noite no bosque enluarado, onde a neblina paira sobre o solo, como um lençol de seda pagão enviado pelos deuses. Murmúrio das feras e dos pássaros, misturado ao lamento dos desesperados, donos da noite, amantes da escuridão, perdidos da luz.
            Espectros e sombras, árvores ao sol, mutantes nas trevas, esculpidas pela sombra-luz do luar.
            Paisagem distorcida, interpretada como um sonho-pesadelo onde imagens reais fundem-se com o imaginário, tornando-se um quadro surrealista cheio de verdades e mentiras.
            Foge cavalo alado, foge, pois os humanos vêm, trazendo junto a destruição, elemento natural entre eles. Destruirão você, que é puro como uma criança em sua inocência. Tingirão o branco das suas asas com o vermelho da morte e pisarão as flores que tanto lhe encantam. Foge, por favor, foge!
            Mas por que você não foge? Fica, e fica impassível a pastar, sereno como o riacho que corta a mata com sua lâmina de águas reluzentes.
            O que você pretende, ficando aqui à espera de criaturas tão desprezíveis, que certamente lhe transformarão em um triste troféu para lhes alimentar a vaidade?
            Escute! Ouça! Estão perto! Não reconhece o som da morte caminhando sobre a relva? Pela última vez eu lhe imploro: foge, foge para a mais alta das montanhas, onde não possam lhe alcançar!
            Mas... não. Não há mais tempo. Eles chegam, trazendo junto o seu triste destino. Por que não partiu quando lhe pedi?
            Agora você nada mais é do que uma lembrança em minha mente, como uma fotografia amarelada pelo tempo.
            Sentirei sua falta, cavalo alado, pois com você morreu uma parte de mim: o meu sonho de criança. Com sua inocência morreu a minha também.
            Agora sou adulto!
            Mas, pensando bem, não como os que lhe mataram, pois sua lembrança ficou marcada também em meu coração, que baterá pensando em você até o fim dos meus dias.
            Isso porque, você morreu em meu sonho de criança, mas sua memória viverá em meu sonho de adulto.
            Adeus!

Marion Zimmer Bradley

A Queda de Atlântida

Livro Um - Micon


                “Todos os eventos não passam de consumação de causas anteriores, percebidas claramente, mas não aprendidas com nitidez. Quando a melodia soa, até o ouvinte mais inculto pode compreender que deve terminar com uma determinada tônica, embora não seja capaz de perceber por que cada compasso sucessivo deve levar ao acorde conclusivo. A lei do Carma é a força que leva todos os acordes à mesma tônica, que espalha as ondulações de uma pequena pedra largada num remanso, até que ondas gigantescas afundem um continente, muito tempo depois de a pedra sumir e ser esquecida.
                Esta é a história de uma pedra assim, largada no remanso de um mundo que submergiu muito antes de os faraós do Egito empilharem uma pedra sobre outra.”
Os ensinamentos de Rajasta, o Mago

Livro Dois – Domaris

                “Se um pergaminho traz más notícias, a culpa é do pergaminho ou do que está escrito nele? Se o pergaminho é portador de boas novas, de que forma pode diferir daquele que traz más notícias?
                Começamos a vida com uma lousa aparentemente vazia — e, embora os escritos que gradativamente aparecem nessa lousa não nos pertençam, nosso julgamento das coisas escritas determina o que somos e o que nos tornaremos. Da mesma forma, nossa obra será julgada pela maneira como as outras pessoas a aproveitam... Portanto, a questão passa a ser a seguinte: como podemos controlar seu uso quando escapa ao nosso controle, passando para as mãos de pessoas sobra as quais não temos qualquer controle?
                Os ensinamentos mais antigos da Casta dos Sacerdotes apregoam que o desempenho de nosso trabalho com a vontade e o desejo seja pela melhoria do homem e do mundo, e nós lhe concedemos nossa benção, que reduzirá o desejo do usuário de aproveitá-la para propósitos destrutivos. Sem dúvida, há alguma verdade nisso — mas redução não é prevenção.”
— da introdução a O Código do Iniciado Riveda

In, A Queda de Atlântida — I: A Teia de Luz,

Within Temptation

Memories

In this world you tried
Not leaving me alone behind
There's no other way
I prayed to the gods let him stay
The memories ease the pain inside, now I know why
All of my memories keep you near
In silent moments imagine you be here
All of my memories keep you near
Your silent whispers, silent tears
Made me promise I'd try
To find my way back in this life
I hope there is a way
To give me a sign you're ok
Reminds me again it's worth it all, so I can go home
All of my memories keep you near
In silent moments imagine you be here
All of my memories keep you near
Your silent whispers, silent tears
Together in all these memories
I see your smile
All the memories I hold dear
Darling, you know I will love you 'til the end of time
All of my memories keep you near
In silent moments imagine you be here
All of my memories keep you near
Your silent whispers, silent tears
All of my memories....
Composição : M. Spierenburg / R. Westerholt / S. DenAdel