terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sad Alice Said

Open Yor Eyes


One touch to your eyes
Your tears fall in my sea
I can hear in their flight voice of your dream
I can sew up your wounds
And you can sing again
What do you lost in your fight?
You lost your heart, you lost my heart

Open your eyes
Free your ideas and you will know....
Open your lies
Release them where their place to be

Millions of eyes that lie
You have millions of heroes
But no one of them are you
You can exit this game
And I'll sew up your wounds
That you can sing again
What do you lost in your lies?
You lost your heart, you lost my heart

You may rise over your fears
Rise and fall into the sea of dream and open...

Open your eyes
Free your ideas and you will know....
Open your lies
Release them where their place to be

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

sábado, 29 de setembro de 2012

Slender Man

Slender Man



A song about the Slender Man.


Lyrics:

Slender Man, Slender Man,
All the children try to run.
Slender Man, Slender Man,
To him it's part of the fun.

Slender Man, Slender Man,
Dressed in darkest suit and tie.
Slender Man, Slender Man,
You most certainly will die.

Slender Man, Slender Man,
His branching arms are for collecting.
Slender Man, Slender Man,
His face is empty of expressing.

Slender Man, Slender Man,
He won't let you say goodbye.
Slender Man, Slender Man,
You most certainly will die.

Slender Man, Slender Man,
Sometimes hums a lowly drone.
Slender Man, Slender Man,
He will wander 'round your home.

Slender Man, Slender Man,
Blends in well within the trees.
Slender Man, Slender Man,
In the fog he's hard to see.

Slender Man, Slender Man,
Dressed in darkest suit and tie.
Slender Man, Slender Man,
You most certainly will die.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ken Russell

Gothic


          Em 1816, o poeta Percy Sheller, visita seu amigo Lord Byron, também poeta, que vive auto-exilado na Suíça. Shelley leva consigo sua mulher Mary Godwin e a cunhada Claire. Byron incita os visitantes cultos a experimetarem a imaginação, estimulada por histórias de horror, a prática do amor livre e cultos que desafiam as amarras religiosas e os maiores temores de cada um. Gothic é um sedutor e fascinante estudo sobre a criação de dois grandes mitos da cultura popular: o vampiro e o Frankenstein. Baseado em fato verídico, Gothic é um autêntico delírio visual, que o Jornal Variety definiu como um genial filme de terror para intelectuais.

Umbra Et Imago

Mea Culpa (live)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Junior

Cavalo Alado

            Noite no bosque enluarado, onde a neblina paira sobre o solo, como um lençol de seda pagão enviado pelos deuses. Murmúrio das feras e dos pássaros, misturado ao lamento dos desesperados, donos da noite, amantes da escuridão, perdidos da luz.
            Espectros e sombras, árvores ao sol, mutantes nas trevas, esculpidas pela sombra-luz do luar.
            Paisagem distorcida, interpretada como um sonho-pesadelo onde imagens reais fundem-se com o imaginário, tornando-se um quadro surrealista cheio de verdades e mentiras.
            Foge cavalo alado, foge, pois os humanos vêm, trazendo junto a destruição, elemento natural entre eles. Destruirão você, que é puro como uma criança em sua inocência. Tingirão o branco das suas asas com o vermelho da morte e pisarão as flores que tanto lhe encantam. Foge, por favor, foge!
            Mas por que você não foge? Fica, e fica impassível a pastar, sereno como o riacho que corta a mata com sua lâmina de águas reluzentes.
            O que você pretende, ficando aqui à espera de criaturas tão desprezíveis, que certamente lhe transformarão em um triste troféu para lhes alimentar a vaidade?
            Escute! Ouça! Estão perto! Não reconhece o som da morte caminhando sobre a relva? Pela última vez eu lhe imploro: foge, foge para a mais alta das montanhas, onde não possam lhe alcançar!
            Mas... não. Não há mais tempo. Eles chegam, trazendo junto o seu triste destino. Por que não partiu quando lhe pedi?
            Agora você nada mais é do que uma lembrança em minha mente, como uma fotografia amarelada pelo tempo.
            Sentirei sua falta, cavalo alado, pois com você morreu uma parte de mim: o meu sonho de criança. Com sua inocência morreu a minha também.
            Agora sou adulto!
            Mas, pensando bem, não como os que lhe mataram, pois sua lembrança ficou marcada também em meu coração, que baterá pensando em você até o fim dos meus dias.
            Isso porque, você morreu em meu sonho de criança, mas sua memória viverá em meu sonho de adulto.
            Adeus!

Marion Zimmer Bradley

A Queda de Atlântida

Livro Um - Micon


                “Todos os eventos não passam de consumação de causas anteriores, percebidas claramente, mas não aprendidas com nitidez. Quando a melodia soa, até o ouvinte mais inculto pode compreender que deve terminar com uma determinada tônica, embora não seja capaz de perceber por que cada compasso sucessivo deve levar ao acorde conclusivo. A lei do Carma é a força que leva todos os acordes à mesma tônica, que espalha as ondulações de uma pequena pedra largada num remanso, até que ondas gigantescas afundem um continente, muito tempo depois de a pedra sumir e ser esquecida.
                Esta é a história de uma pedra assim, largada no remanso de um mundo que submergiu muito antes de os faraós do Egito empilharem uma pedra sobre outra.”
Os ensinamentos de Rajasta, o Mago

Livro Dois – Domaris

                “Se um pergaminho traz más notícias, a culpa é do pergaminho ou do que está escrito nele? Se o pergaminho é portador de boas novas, de que forma pode diferir daquele que traz más notícias?
                Começamos a vida com uma lousa aparentemente vazia — e, embora os escritos que gradativamente aparecem nessa lousa não nos pertençam, nosso julgamento das coisas escritas determina o que somos e o que nos tornaremos. Da mesma forma, nossa obra será julgada pela maneira como as outras pessoas a aproveitam... Portanto, a questão passa a ser a seguinte: como podemos controlar seu uso quando escapa ao nosso controle, passando para as mãos de pessoas sobra as quais não temos qualquer controle?
                Os ensinamentos mais antigos da Casta dos Sacerdotes apregoam que o desempenho de nosso trabalho com a vontade e o desejo seja pela melhoria do homem e do mundo, e nós lhe concedemos nossa benção, que reduzirá o desejo do usuário de aproveitá-la para propósitos destrutivos. Sem dúvida, há alguma verdade nisso — mas redução não é prevenção.”
— da introdução a O Código do Iniciado Riveda

In, A Queda de Atlântida — I: A Teia de Luz,

Within Temptation

Memories

In this world you tried
Not leaving me alone behind
There's no other way
I prayed to the gods let him stay
The memories ease the pain inside, now I know why
All of my memories keep you near
In silent moments imagine you be here
All of my memories keep you near
Your silent whispers, silent tears
Made me promise I'd try
To find my way back in this life
I hope there is a way
To give me a sign you're ok
Reminds me again it's worth it all, so I can go home
All of my memories keep you near
In silent moments imagine you be here
All of my memories keep you near
Your silent whispers, silent tears
Together in all these memories
I see your smile
All the memories I hold dear
Darling, you know I will love you 'til the end of time
All of my memories keep you near
In silent moments imagine you be here
All of my memories keep you near
Your silent whispers, silent tears
All of my memories....
Composição : M. Spierenburg / R. Westerholt / S. DenAdel

terça-feira, 1 de março de 2011

Alceu Valença

Solidão


A solidão é fera
A solidão devora
É amiga das horas
Prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios
Caminharem lentos
Causando um descompasso
No meu coração
A solidão dos astros
A solidão da lua
A solidão da noite
A solidão da rua

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vinícius de Moraes

Da solidão


Sequioso de escrever um poema que exprimisse a maior dor do mundo, Poe chegou, por exclusão, à idéia da morte da mulher amada. Nada lhe pareceu mais definitivamente doloroso. Assim nasceu "O corvo": o pássaro agoureiro a repetir ao homem sozinho em sua saudade a pungente litania do "nunca mais". Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que a impossibilidade de arrancar à morte o ser amado, que fez Orfeu descer aos Infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé constitui uma possibilidade - que outra coisa é a Divina comédia para Dante senão a morte de Beatriz? - cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.

Qual será maior então? Os grandes momentos de solidão, a de Jó, a de Cristo no Horto, tinham a exaltá-la uma fé. A solidão de Carlitos, naquela incrível imagem em que ele aparece na eterna esquina no final de Luzes da cidade, tinha a justificá-la o sacrifício feito pela mulher amada.

Penso com mais frio n'alma na solidão dos últimos dias do pintor Toulouse-Lautrec, em seu leito de moribundo, lúcido, fechado em si mesmo, e no duro olhar de ódio que deitou ao pai, segundos antes de morrer, como a culpá-lo de o ter gerado um monstro.

Penso com mais frio n'alma ainda na solidão total dos poucos minutos que terão restado ao poeta Hart Crane, quando, no auge da neurastenia, depois de se ter jogado ao mar, numa viagem de regresso do México para os Estados Unidos, viu sobre si mesmo a imensa noite do oceano imenso à sua volta, e ao longe as luzes do navio que se afastava. O que se terão dito o poeta e a eternidade nesses poucos instantes em que ele, quem sabe banhado de poesia total, boiou a esmo sobre a negra massa líquida, à espera do abandono?

Solidão inenarrável, quem sabe povoada de beleza... Mas será ela, também, a maior solidão? A solidão do poeta Rilke, quando, na alta escarpa sobre o Adriático, ouviu no vento a música do primeiro verso que desencadeou as Elegias de Duino, será ela a maior solidão?

Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.

In Para viver um grande amor, Editora do Autor .1962